Líder de louvor: você não é um Rock Star
por Clint Archer
Eu
uso “líder de louvor” apenas no sentido de me referir ao cara que
lidera a música. É claro, a adoração musical é apenas uma parte do
louvor que acontece no Domingo. É apenas uma das velas acesas, ao lado
da adoração por meio da pregação, da comunhão, do serviço, da entrega e
de estacionar nas vagas mais distantes para que os mais velhos
estacionem mais perto.
Mas
quando as pessoas falam que gostaram do “louvor”, geralmente se referem
à “banda”. E o primeiro a evitar isso deveria ser o próprio líder de
louvor. Assim, aqui estão quatro dicas para o líder de uma banda…
Você não é um rock star
A
tarefa do líder de louvor é não interferir na adoração, e redirecionar
nossa atenção para Deus. Ele não fará isso se está mostrando sua
habilidade de liderar. Líderes de louvor devem ser humildes. Devem se
vestir com modéstia. Às vezes os músicos têm um estilo definido quando
estão tocando durante a semana. Mas quando vão à frente, na igreja, sua
marca pessoal é o mais importante. Quando um baterista reclama de ficar
dentro do “aquário”, você já imagina que ele está mais interessado em se
exibir do que em focar no Senhor. Quando o baixista pede por uma
oportunidade de fazer um solo, aí está mais uma prima donna que
você descobriu. O pastor precisa ser o principal responsável pela
adoração musical. Se o líder da banda exige liberdade criativa, rejeita
qualquer opinião dos líderes ou se torna impaciente com os limites
impostos à escolha de músicas, então ele não é homem que você procura
para essa tarefa.
Ele precisa se inspirar em Etã, o ezraíta (veja o Salmo 89), não na Better than Ezra [Melhor que Esdras]
O conteúdo é o principal
O
líder precisa entender que sua preocupação primordial é o conteúdo das
músicas. Uma doutrina sólida deve ser a marca de cada letra. Ele pode
até ter que mudar algumas letras para conformar a música ao padrão
doutrinário da igreja; não há problema nisso.
Nós já fizemos isso em nossa igreja. O sentimental “He thought of me above all” [Ele pensou em mim, acima de tudo] se tornou o levemente mais correto “He showed His love above all”
[Ele demonstrou Seu amor, acima de tudo]. Ao selecionar músicas e hinos
para o culto, a preferência pessoal é um luxo. Se os grisalhos gostam
de “Castelo Forte”, toque-a com alguma frequência. Se os músicos não
gostam… e daí? Isso não é a banda de garagem dele, é o culto a Deus,
feito pelo seu povo.
Menos é mais
A
música está lá para apoiar a letra. Stuart Townend, músico muito
conhecido, em um treinamento sobre louvor em Joanesburgo, falou a alguns
líderes que, às vezes, é melhor se perguntar não “como eu deveria tocar
para essa parte ficar melhor?”, mas “eu deveria tocar nessa parte?”. O
que ele quis dizer é que há momentos em que é melhor silenciar os
instrumentos e deixar as vozes da congregação encher o ambiente.
Serve
como um bom lembrete que apitos, sinos e outros sons podem levar a
congregação a se distrair. Exemplo: quando um guitarrista está fazendo
um solo desnecessário, pense no que o resto de nós está fazendo. Estamos
lá, em pé, assistindo. Penso que poderíamos usar esse tempo para
admirar a glória de Deus na habilidade de sua criatura de improvisar.
Mas na verdade, a maioria de nós fica só esperando a nossa vez de louvar
a Deus.
Louve!
Os
membros da banda não estão dando um show, estão adorando. Deus deve ser
seu foco. É por Ele que eles chegam cedo para ensaiar e ficam até mais
tarde desmontando os equipamentos. É por Ele que eles treinam, sozinhos,
durante a semana. O Domingo é sua oferta para o Senhor. Eles precisam
ser como o Little Drummer Boy e tocar o seu melhor para Deus (pa-rampam-pam-pam).
Essa mentalidade também ajuda a banda a lidar com as reclamações das pessoas.
Na
era do iPod, quando podemos ter todas as músicas que gostamos no bolso,
na altura que quisermos, o estilo das músicas do louvor se torna um
problema na maioria das igrejas.
Alguns
querem ouvir mais o baixo, outros desejam que o baterista tire longas
férias. Alguns gostam mais alto, outros querem ouvir suas próprias
vozes. Esse tipo de coisa pode paralisar um líder. Mas quando lembramos
Quem é a audiência realmente, alivia-se a pressão de agradar os homens.